Pegue os meus confetes, Flávio - Texto escrito por Erika Rosa









Eu não vejo o sentido de falar com uma pessoa sem ter vontade de escuta-lá. Não consigo enxergar a vantagem de gastar seu tempo com algo que não lhe acrescente, e muito menos se fazer presente na ausência de reciprocidade. Tentar racionalizar as suas ações me deixarão louca, exatamente como você me enxerga, louca.

Sou lua em Aquário, e mesmo que não acredite em Astrologia. Esta é a chave que me prende ao que não consigo explicar referente a tudo isso. Não sou de demonstrar sentimentos, prezo a minha liberdade acima de tudo, gosto de ser diferente ou do "contra" e desapego é o meu segundo nome. E por isso, você é meu calcanhar de Aquiles.

Você não se interessa por eu ser independente, não te encanta que eu conheça 1000 pessoas e conheça vários lugares, não lhe apetece que eu seja versátil e tenha um ótimo humor. Você simplesmente não se importa.

O seu não importar é que me incomoda bastante, e não sei lidar com isso. Diferente dos caras que tentam ou querem algo comigo eles fingem interesse pelo menos. Nem isso você se compromete a fazer. E por isso não faz sentido para mim, o que você faz. Dar atenção para aquilo que você é indiferente, não tem lógica. Eu não dou afeto para os meus desafetos, e por isso você prende a minha atenção pela sua postura. Meu ego busca resposta, o seu busca ser inflado por prender a minha atenção. Mas lhe garanto que foi a última vez, meu bem.

Não te responsabilizo por nada, isso faz parte do seu show. O palhaço só faz graça por que tem plateia. Você gosta de público, só que eu cansei de dar aplausos e jogar confetes para o seu teatro, toda vez. 
Parabéns! Você conseguiu provar seu poder, e eu, comprovando minha fraqueza.


Por isso, pegue os meus confetes, Flávio. 


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